quinta-feira, 30 de julho de 2015

E se os brasileiros naturalizados formassem um time?

Diego Costa em amistoso contra a Itália. No entanto, escolheu
seguir pela Espanha © Mowa Press

Brincar com suposições é sempre interessante. Por isso, com base na pergunta que intitula este post, o Blog Futebolês preparou uma seleção, entre ativos e aposentados, que optou por trajar o uniforme de outras nações. Em comparação com os esquadrões brasileiros da Copa do Mundo, em 2014, e da Copa América, em 2015, descobrimos que a "estrangeira" é mais paulista e mais nordestina.

1) Emmanuel Danilo:
- Mesmo atuando somente por clubes brasileiros ao longo de sua carreira, só foi reconhecido pela Seleção Guinéu-Equatoriana. Em 2012, foi convocado pelo compatriota Gílson Paulo para a disputa da Copa Africana de Nações. Pela La roja de África, foram 19 partidas. Há mais de um ano, enquanto atuava pelo Alecrim, se recuperou de uma malária cerebral. De acordo com os médicos, o goleiro tinha 99% de chances de morrer. Hoje, está com 33 anos. Seu último clube foi o Globo FC.

2) Matías Aguirregaray:
- Nasceu em Porto Alegre quando o pai, Óscar Aguirregaray, defendia as cores do Inter. Suas primeiras chances como jogador profissional foram com o Peñarol. Seus desempenhos chamaram a atenção de Óscar Tabárez, que o convocou para os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, e para a Copa das Confederações, em 2013. Atualmente, é titular do Estudiantes, da Argentina.

3) Pepe:
- Poucos conhecem o alagoano e consagrado Képler Laveran Lima Ferreira, ao mesmo tempo em que muitos sabem quem é o português Pepe. Após anos no Corinthians Alagoano, seu vínculo com a terra de Eusébio e de Cristiano Ronaldo começou em 2001, ao assinar contrato com o Marítimo. Sua ascensão, no entanto, foi sob o azul e o branco do Porto. Desde 2007, é lembrado nas convocações para a Seleção Portuguesa, onde participou de duas Eurocopas, em 2008 e 2012, e duas Copas do Mundo, em 2010 e 2014. Está no Real Madrid há nove temporadas.

4) Marcus Túlio Tanaka:
- Paulista de Palmeira d'Oeste, o zagueiro é mais um xerife para a defesa dos naturalizados. Conhecido no Brasil pela voadora que quase tirou Drogba da Copa do Mundo, em 2010, figurou nas categorias de base do Mirassol. Porém, desde 1998, se dedica ao futebol japonês. Sua capacidade de liderança e suas qualidades ofensivas o levaram para a Seleção Japonesa em 2006, ano em que foi eleito o melhor jogador do país. Também defendeu o time olímpico, em Atenas. Aos 34 anos, é jogador do Nagoya Grampus.

6) Roger Guerreiro:
- O nome que fecha o setor defensivo de nossa seleção é o primeiro, até então, a atuar na elite do futebol brasileiro. Revelado pelo São Caetano, começou profissionalmente no Corinthians. Em 2004, com o Flamengo, foi eleito o melhor lateral-esquerdo do Campeonato Carioca. Após perambular por Celta de Vigo e Juventude, firmou compromisso com o Legia Warszawa. Suas elogiadas performances lhe rendeu o convite para defender a Polônia, em 2008, na Eurocopa. Foram 25 partidas e 4 gols em um ciclo encerrado no ano de 2011. Disputou o último Campeonato Paranaense pelo Rio Branco.

5) Marcos Senna:
- Membro do início da hegemonia espanhola entre as seleções, o paulistano começou pelo Rio Branco. Assim como Roger Guerreiro, rodou por Corinthians, Juventude e São Caetano, até chegar no país que o abraçou. No período em que defendeu o Villareal, foi relacionado em diversas oportunidades para jogar na Seleção Espanhola. Campeão da Eurocopa, em 2008, Marcos Senna está desde 2013 no New York Cosmos. Em junho, antecipou que se aposentará em novembro.

8) Thiago Motta:
- Natural de São Bernardo do Campo, é uma excelente opção de eficiência técnica ao meio de campo da seleção "gringa". Dos 15 aos 17 anos, jogou na base do Juventus, de São Paulo. A partir de então nunca mais atuou por um clube brasileiro. Multicampeão por Barcelona, Internazionale e Paris Saint-Germain, foi convocado por Ricardo Gomes, em 2003, para a Seleção Brasileira que disputou a Copa Ouro da CONCACAF. Depois de cair no esquecimento nas relações conseguintes, ganhou chances na Seleção Italiana. Foi vice-campeão da Eurocopa, em 2012, e ainda participou da Copa do Mundo, realizada no Brasil.

10) Deco:
- Um dos nomes mais consagrados do futebol português, Anderson Luis de Souza, o Deco, é conterrâneo de Thiago Motta. Depois de não ser aproveitado no Corinthians, passou por CSA, Benfica, Alverca e Salgueiros. Em 1999, chegou ao Porto, onde foi conquistou a Liga dos Campeões. Em 2006, repetiu o feito, desta vez com o Barcelona. Na fase final de sua carreira, jogou pelo Fluminense. Pela Seleção Portuguesa, participou de duas Eurocopas e duas Copas do Mundo.

11) Cacau:
- De Santo André ao sucesso na Alemanha. De 2003 a 2014, foi jogador do Stuttgart, onde conquistou a Bundesliga, em 2007. Além disso, fez parte do planejamento de Joachim Löw e da Seleção da Alemanha na Copa do Mundo de 2010. Deixou, recentemente, o Cerezo Osaka, do Japão.

7) Emerson Sheik:
- Seu apelido não é por acaso. Em 2008, Márcio Passos de Albuquerque, fluminense de Nova Iguaçu, entrou em campo pelo Catar, nas eliminatórias para a Copa do Mundo. Revelado pelo São Paulo, Sheik é, entre os componentes da seleção dos naturalizados, aquele que mais rodou pela Série A do Campeonato Brasileiro. Ídolo do Flamengo e do Corinthians, já levantou os troféus do Mundial de Clubes, da Libertadores e do Brasileirão - três vezes.

9) Diego Costa:
- Para completar o setor ofensivo e finalizar o time, o sergipano Diego Costa. Em 2006, estreou profissionalmente pelo Braga, de Portugal. Sua história com o futebol espanhol começaria no ano seguinte, quando foi adquirido pelo Atlético de Madrid. Antes de se firmar na equipe de Simeone, jogou por Celta de Vigo, Albacete, Valladolid e Rayo Vallecano. Foi para o Chelsea, em julho de 2014, por 32 milhões de libras. Participou de dois amistosos com a Seleção Brasileira, em 2013, contra a Itália e a Rùssia. No entanto, nas vésperas da Copa do Mundo, optou pela Espanha.

E aí? Sugere algum nome?