terça-feira, 3 de janeiro de 2017

O que diz a imprensa do Rio sobre Kayke

Foto: Getty Images.
Após a contratação do volante Michel, o Grêmio anunciou o seu segundo reforço para a temporada: o atacante Kayke. Diante de repórteres e torcedores ainda em dúvida quanto ao seu potencial, o jogador desembarcou em Porto Alegre nesta terça-feira (03), pouco antes do meio dia, para assinar contrato com o Tricolor até dezembro. 

O vínculo trata-se de um empréstimo junto ao Yokohama Marinos, do Japão, detentor de seus direitos. Ao final do período, o Grêmio terá opção de compra.

Natural de Brasília, Kayke foi revelado pelo Flamengo em 2007, após sete anos e mais de 200 gols marcados nas categorias de base rubro-negra. Suas primeiras performances entre os profissionais, no entanto, foram discretas: quatro jogos e nenhum gol. 

Aos 28 anos, registra passagens pelo futebol da Noruega, Dinamarca, Portugal e Japão. No Brasil, já atuou por Brasiliense, Macaé, Vila Nova, Paraná Clube, Atlético Goianiense e ABC. Neste último, apresenta seus melhores números, além de destaques individuais: 34 partidas, 18 gols e a artilharia do Campeonato Potiguar - tudo em 2015. Nesse mesmo ano, retornou ao Flamengo, balançando as redes em seis oportunidades durante o segundo turno do Campeonato Brasileiro.

No último ano, dedicou-se exclusivamente ao Yokohama Marinos. Por lá, produziu médias longe de empolgar: oito gols em 30 jogos - em nove deles vindo do banco de reservas.

Se para os gaúchos seu futebol é desconhecido, no Rio de Janeiro suas avaliações são positivas. O blog consultou a opinião dos jornalistas cariocas, Rafael Marques, coordenador de esportes da Rádio Globo CBN, e Mercio Querido, setorista do Flamengo no Blog do Torcedor do Globo Esporte. Confira:

Quais são as características do jogador?
Rafael: É um jogador que trafega nas duas características precípuas de um atacante. Tem um bom poder de conclusão e boa mobilidade.

Mercio: Bom finalizador. O problema é que quando a gente vê os números, isso não fica tão evidente. De todos os torcedores do mundo, provavelmente os do Flamengo é que assinariam essa definição de goleador, por tudo aquilo que fez na base. Tem bom domínio de bola. Acredito que funcione melhor em dupla no ataque do que quando assume sozinho essa obrigação.

O que o torcedor gremista pode esperar dele?
Rafael: Uma peça útil para o Renato e uma boa alternativa de jogo. Mas não dá para cravar que será titular.

Mercio: Vai agradar se tiver uma boa sequência para mostrar serviço. É talentoso e frio na hora de marcar os gols, sem afobações. Porém - e isso é só uma opinião -, acho que ele não lida muito bem com longos períodos sem oportunidades. Inclusive, ouvi falar de algum tipo de indisciplina por parte dele no Japão após não ter sido relacionado para alguma partida. Renato deveria dar o máximo possível de chances no Estadual.

Como você avalia sua passagem no Flamengo?
Rafael: Quando saiu do clube, a concorrência era muito forte. Havia pelo menos oito atacantes em condições de jogo no elenco. Por isso, não teve muitas oportunidades.

Mercio: Na base, foi muito bem. Não entendi o motivo pelo qual foi descartado tão rápido após subir para o profissional. Sua primeira passagem foi discreta. Na segunda, ficou à espera de uma oportunidade como reserva do Guerrero e deu conta sempre que acionado com boas partidas, gols e assistências.

Sua contratação está mais para aposta ou investimento?
Rafael: Vale o investimento. Apesar de ser rodado e não ter marcado o nome em clube algum, tem uma média de atuações que merece ser aprofundada.

Mercio: Julgo uma ótima aposta. Talento ele tem. Não foi muito bem no Japão e isso poderia desanimar, mas deve ter sido somente dificuldade em adaptação. Vai ser importante ele ter um técnico ao estilo do Renato, um cara capaz de unir o grupo.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Acosta: "Tenho a certeza de que merecia uma chance na Seleção Uruguaia"

Acosta com a camisa do Santos-AP, combinação que resultou
em tricampeonato estadual. (Reprodução/Facebook)
Há exatos oito anos, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre, Grêmio e Náutico se enfrentavam pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2007. Em 14º - entre a zona de classificação para a Copa Sul-Americana e de rebaixamento para a Série B - o clube pernambucano foi derrotado em uma partida de sete gols, mas que contava, mais uma vez, com a marca de seu grande saldo positivo naquele ano: o atacante uruguaio Alberto Acosta.

Passados 2923 dias daquele confronto e de um período que simbolizava o seu auge - reconhecido com prêmios de melhor atacante da competição pela Revista Placar e pela CBF - Beto, como também é chamado, vive uma relação semelhante à do Chuí com Oiapoque. Natural de Montevidéu, cidade uruguaia ao Sul do Brasil, está estabilizado no futebol literalmente mais alto do país: o amapaense. De férias desde setembro, Acosta está no Santos-AP e se diz feliz em Macapá, capital do Amapá.

- Estou muito bem aqui. Minha família também está gostando. É uma cidade bem diferente das outras em que moramos, como São Paulo e Brasília. É um lugar bom, porém muito longe (risos).

Seu vínculo com Macapá, também conhecida como a capital do meio mundo, fortaleceu a partir de uma de suas especialidades: o futebol. Após deixar o Resende, em 2012, Acosta assinou contrato com o Santos-AP e conquistou, meses mais tarde, o primeiro de seus três títulos estaduais amapaenses. Na última edição, disputada há um mês (26/09) e marcada pela emoção das penalidades máximas, converteu a cobrança que garantiu o tricampeonato consecutivo do alvi-negro. Na opinião do uruguaio, o Amapazão se trata de um torneio emergente e organizado, porém distante da magnitude midiática de um Paulistão.

- O futebol daqui está melhorando. Ainda é um pouco amador, mas no Santos é diferente: salário em dia e tudo mais. Não há nada para reclamar, mas sempre se pode melhorar. Jogar por Náutico e Corinthians é completamente diferente. Lógico que aqui no Santos há pressão e cobrança, mas nada se compara aos grandes do futebol brasileiro.

Beto exibe suas duas maiores conquistas individuais no
futebol: a Bola de Prata, da Placar, e o prêmio da CBF.
(Reprodução/Facebook)
Com rodagem por mais de dez clubes e a experiência de ter atuado nos grandes gramados do futebol brasileiro, Acosta destaca a estrutura do Santos-AP, que proporcionou as condições ideais aos seus atletas para a disputa da 4ª divisão do Campeonato Brasileiro de 2015. Em virtude do recente título estadual, a equipe da região Norte assegurou a vaga para a competição nacional do próximo ano.

- Olha, é uma estrutura muito boa. Diria, inclusive, que é digna de um clube de Série B de Brasileirão - conta.

Apesar da participação em outros dois campeonatos ocorridos em 2015 - Copa do Brasil e Copa Verde -, o Santos-AP está voltado para o próximo ano. Tudo porque o calendário de jogos do Peixe da Amazônia, como é alcunhado, chegou ao fim há mais de um mês. Aos 38 anos e em meio a esse período de inatividade, Acosta chama a atenção pelo preparo físico, que o permitiu jogar todas as partidas sem se lesionar. Para ele, saber se cuidar é fruto do profissionalismo.

Quando a questão é voltada para os seus planos, Acosta revela que está focado em seguir no Amapá e que dificilmente retornará aos grandes centros do futebol brasileiro.

- Por enquanto, vou jogar mais um ano no Santos. Recebi algumas propostas, mas aqui o presidente (Luciano Marba), com quem fiz uma grande amizade, me trata muito bem. É difícil (retornar a São Paulo ou Brasília), porque não tenho empresário. Sou eu e Deus, mais o futebol. Porém, nunca se sabe.

Marido de Daniela e pai das gêmeas Micaela e Martina, de 17 anos; Romina, 16; Milagros, 15; Abril; 6, e Júnior, 4, Beto é reservado às pessoas queridas.

- Gosto de ficar em casa com os meus familiares e assar um bom churrasco na companhia deles. Eu sou muito família. Também passeamos na orla de Macapá, que é bacana, e no shopping.

Ao longo de quase 20 anos dedicados ao futebol, Alberto Martín Acosta Martínez conquistou títulos e torcidas com seu faro de gol. Em 2007, sob o uniforme alvi-rubro do Náutico, foram 19 gols em 31 jogos (vídeo), números que lhe renderam a vice-artilharia e premiações de melhor atacante do Campeonato Brasileiro. Para ele, seu auge poderia ter sido lembrado pelo técnico Óscar Tabárez nas convocações da Seleção Uruguaia.



 - Tenho a certeza de que merecia uma chance, mas sempre falo: Deus sabe o que faz e está no controle. Não me sinto injustiçado, pois sei que no país só jogam jogadores de alguns empresários. Então, não esquento a minha cabeça com isso.

O esquecimento da Celeste, no entanto, não ofusca a sua história dentro das quatro linhas.

- Ganhei mais do que imaginava e joguei com jogadores que jamais pensava em jogar. Faz nove anos que jogo no Brasil, ganhei oito títulos aqui. Se eu pendurar as chuteiras hoje, estou muito feliz com a minha carreira. Vou continuar jogando. Quero sempre vencer e sair campeão, pois isso é uma sensação incrível. Só quem é campeão sabe. No futebol, só é lembrado quem é campeão - completou.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Conheça Fabinho, o novo volante do Internacional

Foto: Luiz Henrique/Figueirense FC
O volante Fabinho, do Figueirense, reforçará o Internacional em 2016. Confirmada jornalista da RBS TV de Santa Catarina, Rodrigo Faraco, a contratação é um pedido do técnico colorado, Argel Fucks, com quem trabalhou no primeiro semestre. O atleta cumprirá o Campeonato Brasileiro pela equipe catarinense e, portanto, se apresentará ao Beira-Rio somente no próximo ano.

Paulista de Cruzeiro, Fabinho começou a carreira no Camboriú, em 2006. Também registrou passagens por Campinense, Baraúnas, Alecrim e América de Natal. Está no Figueirense desde janeiro deste ano, onde disputou 51 partidas e marcou dois gols.

- Não se trata de um exímio marcador. Atua preferencialmente na segunda função do meio de campo, compensando com velocidade e voluntarismo, suas principais virtudes - informa o setorista do Figueirense no ESPN FC, Henrique Santos.

Para Henrique, no entanto, não se trata de um jogador diferenciado.

- Definiria o Fabinho como um jogador nota 6, nada mais do que isso. Corre bastante, mas igual a ele o Internacional tem aos montes no elenco e nas categorias de base. Nunca será nota 10, mas também não é nota 2.

A contratação deve indicar a permanência de Argel no clube.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

(NOTAS) Brasil 3x1 Venezuela - Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018

Willian foi o grande destaque em Fortaleza.
Foto: Reuters.

Alisson: 6,0
- Evidenciou sentir o peso da camisa. Normal para um goleiro jovem e que, desde cedo, encara grandes responsabilidades. Merece sequência.

Daniel Alves: 6,0
- Falhou no gol adversário. No entanto, ao longo do jogo, não ofereceu espaços aos corredores venezuelanos.

Miranda: 5,5
- Encontrou dificuldades para cortar a bola aérea.

Marquinhos: 6,5
- Precisou conter alguns avanços pelo lado esquerdo, certas vezes abandonado por Filipe Luís.

Filipe Luís: 6,5
- Limitado defensivamente. Compensou com bons apoios - um deles, inclusive, resultou em assistência.

Luiz Gustavo: 7,5
- Um dos grandes saldos positivos da performance brasileira no Castelão. Flutuou no meio de campo e foi voluntário à frente.

Elias: 5,0
- Ficou devendo. Suas transições foram ineficientes.

Oscar: 5,0
- Buscou compensar a falta de ritmo com chutes de longa distância. Vale mencionar o corta-luz magistral para o gol de Willian.

Willian: 9,0
- Ditou o ritmo da partida, mostrou entusiasmo e iniciativa com dribles desconcentrantes e bela movimentação pelos corredores. Fez dois belos gols.

Douglas Costa: 7,0
- Ofereceu trabalho aos marcadores e auxilio à defesa. Um grande lançamento para Ricardo Oliveira.

Ricardo Oliveira: 7,0
- Fez o que se espera de um camisa 9 no moderno esquema tático 4-2-3-1. Buscou jogo fora da grande área e quando teve a chance, marcou. Aos 35 anos, um exímio atleta.

Lucas Lima: 6,0
- Mostrou em pouco tempo que pode causar na estabilidade de Oscar.

Kaká: 5,0
- Agregou com muita vontade e disposição.

Hulk: sem nota
- Entrou no final da partida.

Jota Júnior: "A gestão do futebol brasileiro precisa de grande reformulação"

De uma partida da garotada dente-de-leite, em Americana, interior de São Paulo, para os microfones das cabines dos principais estádios e ginásios do esporte brasileiro. Assim se resume a consagrada e mais que quarentenária trajetória de José Franchischangelis Júnior, o Jota Júnior, à frente de transmissões esportivas. 

Jornalista e narrador dos canais SporTV e PFC (Premiere Futebol Clube), Jota conversou com o Blog Futebolês. Foram pautados o técnico Dunga, sua carreira como locutor - que, inclusive, é trabalhada em um TCC (clique aqui e saiba mais) - e a Seleção Brasileira, pela qual deposita confiança na classificação para a próxima Copa do Mundo, embora defenda a necessidade de uma reformulação da gestão.

Leonardo Henrique Ozório - Se recorda do seu primeiro trabalho como narrador esportivo?
Jota Júnior - Sim. Minha primeira narração foi na minha cidade, Americana, de um jogo de garotada dente-de-leite, pela Ràdio Clube local.

LHO - Quais os caminhos percorridos pelo Jota antes de chegar aos microfones das cabines de estádio?
JJ - Antes de trabalhar no rádio, fui auxiliar de escritório em uma fábrica de tecidos em Americana.

LHO - Há algum jogo especial pelo qual você se orgulha em ter narrado?
JJ - Não tenho nenhum jogo específico. Todos são importantes, pois se trata de um trabalho e merecem a atenção geral.

LHO - Você teve a oportunidade de narrar um jogo que contava com a presença do melhor jogador que já viu?
JJ - Narrei vários jogos do Pelé. Só isso já responde à pergunta. Para mim, o mais completo de todos que vi.

LHO - Fale um pouco sobre o documentário que está sendo produzido a seu respeito.
JJ - Uma equipe da faculdade Casper Líbero de São Paulo está produzindo um material sobre a minha vida. Eles se mostram muito competentes e estou satisfeito em ser alvo do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) deles. Muito bom.

LHO - Como é, geralmente, o processo de preparação de narradores e comentaristas para os jogos? Exige um longo tempo de estudo e aprofundamento?
JJ - Estuda-se rapidamente o confronto e sua importância para que o telespectador receba todas as informações necessárias. Para narrar qualquer modalidade, é preciso, primeiramente, conhecê-la, e depois se informar sobre os times, a situação do campeonato e tudo mais.

LHO - De todas as Copas do Mundo que transmitiu, qual mais lhe marcou?
JJ - A de 1978, na Argentina. Marcou a minha primeira participação em uma Copa do Mundo. Trabalhei nela pela Rádio Gazeta de São Paulo. Uma experiência inesquecível.

LHO - Como é lidar com críticas a respeito de gafes cometidas em transmissões?
Nossos erros em transmissões ou programas são sempre evidenciados, porque muitas pessoas acham que nós não podemos errar. Devemos receber as críticas com normalidade, porém aprender com as falhas cometidas. As observações servem como advertência ao nosso trabalho e à nossa concentração.

LHO - E com a questão da imparcialidade?
JJ - Imparcialidade em coberturas esportivas é, para mim, fundamental. Devemos respeitar a todas as torcidas, sempre com a consciência de que as duas torcidas estão assistindo e merecem respeito. Não se desmerece qualquer agremiação por não ser de um grande centro ou por não ter um currículo vasto de conquistas.



LHO - Qual a sua opinião a respeito da safra brasileira que buscará uma vaga no Mundial da Rússia?
JJ - Temos um elenco razoável - com o detalhe de que não somos os melhores. Certamente, o grupo vai somar os pontos necessários para a vaga. Vai ser difícil exatamente pelo nível limitado do elenco, mas creio que a Seleção Brasileira vai se classificar para a próxima Copa do Mundo. Iremos à Rússia em 2018.

LHO - Acompanhando o futebol do exterior, acredita que estamos passos atrás das outras seleções?
JJ - Precisamos de uma reciclagem de ordem tática e filosófica de jogo. Nossos treinadores necessitam modificar o padrão da seleção. Precisamos, também, aproveitar mais os atletas que atuam em nosso país e valorizar mais os jogadores dos clubes brasileiros. Os europeus evoluíram taticamente e em filosofia de jogo, enquanto aqui paramos no tempo e passamos a acreditar somente no talento de alguns jogadores.

LHO - Você confia na gestão de futebol e no trabalho de Dunga?
JJ - A gestão do futebol brasileiro precisa de grande reformulação. Confederação e federações. Dunga não é o mais bem preparado para ser o treinador da Seleção Brasileira. Currículo pobre e pouca experiência como técnico. Há outros em condições melhores, como o Tite, por exemplo.

LHO - Acha que a CBF digeriu bem os 7 a 1?
JJ - Levar uma sonora goleada em Copas, principalmente jogando em casa, é terrível para qualquer seleção. Não seria diferente para o futebol brasileiro. Quanto à CBF, os dirigentes são tão insensíveis que acho que esqueceram rapidinho a tragédia no Mineirão.

LHO - E quando nos referimos aos clubes do nosso país, acredita que algum ruma para o caminho da renovação do futebol?
JJ - Acho difícil que os clubes brasileiros modifiquem sua filosofia de trabalho e mudem o atual quadro do nosso futebol. As agremiações, de maneira geral, são administradas de forma amadorística e só pensam no imediato, nunca no longo prazo com planejamento e metodologia. Falta humildade e copiar de onde está dando certo, que é no exterior com algumas agremiações.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

"O Grêmio chama a atenção pela competitividade", diz Edmilson

Ex-volante do Grêmio e ídolo do 15 de Novembro, Edmilson deposita o favoritismo ao Tricolor Gaúcho e arrisca para a partida do Maracanã.

Foto: Marcelo de Jesus
Tetracampeões da Copa do Brasil, Grêmio e Roger Machado buscam nesta quarta-feira (23/09), a partir das 22h, mais um triunfo para seguirem firmes e fortes na competição nacional. Diante do Fluminense, no Estádio do Maracanã, o comandante gremista terá novidades, retornos e ausências importantes. 

Sem Bressan, que atuou na Copa do Brasil pelo Flamengo e, portanto, não pode defender o Grêmio, Roger relacionou o zagueiro Denilson, do time sub-20. Pedro Geromel segue sem condições de jogo e fica em Porto Alegre. As boas notícias ficam por conta do volante Maicon e do meia-atacante Giuliano, que se garantem "1000%", e do goleiro Marcelo Grohe, que sentiu torcicolo contra o Atlético-PR, na semana passada (16/09). Ainda sobre arqueiros tricolores, Tiago Machowski, duramente criticado pelas falhas nos últimos confrontos, não viajou para o Rio de Janeiro.

Confira abaixo os relacionados do Grêmio para o jogo.

Goleiros: Bruno Grassi, Léo e Marcelo Grohe
Zagueiros: Denílson, Erazo e Rafael Thyere
Laterais: Galhardo, Marcelo Hermes e Marcelo Oliveira
Volantes: Edinho, Maicon, Moisés e Walace
Meias: Douglas, Giuliano e William Schuster
Atacantes: Bobô, Everton, Fernandinho, Luan, Pedro Rocha, Vitinho e Yuri Mamute

Histórico contra o Fluminense

Grêmio e Fluminense, tricolores e centenários, contabilizam 64 jogos. O primeiro, válido pela Taça Brasil, em 1960, foi vencido pelos gaúchos: 1 a 0, no Estádio Olímpico. Ao todo, são 27 vitórias do Imortal, 20 vitórias do Flu e 17 empates. Pela Copa do Brasil, se enfrentarão pela quinta vez em 14 anos. Seus caminhos foram cruzados em 2001, 2004 e 2005, na fase oitavas de final, e em 2010, nas quartas de final.

No último encontro entre as duas equipes, o Tricolor das Laranjeiras levou a melhor: 1 a 0, gol de Marcos Júnior (vídeo). Foi o último triunfo do Fluminense, que não vence há oito jogos.



Palavra de boleiro

Consagrado no futebol de Campo Bom, quando ajudou o 15 de Novembro a chegar à fase semifinal da Copa do Brasil de 2005, o ex-volante Edmilson, que defendeu o Grêmio em 2007, eleva seu ex-
Edmilson nos tempos de Grêmio.
Reprodução/Facebook
clube à condição de favorito.

- O Grêmio tem o favor local a seu favor. Pesa também o momento atual do Flu, que é horrível.

Para Edmilson, que diante do uniforme azul, preto e branco foi campeão gaúcho e vice-campeão da Copa Libertadores da América, há semelhança entre aquele time que integrou - rememorado com muito carinho pelos gremistas - com os comandados de Roger.

- O Grêmio de 2015 me chama a atenção pela competitividade, assim como era aquele de 2007.

Aposentado há quatro anos, passou a dedicar a casamatas. Após fazer estágios no Corinthians com o seu ex-técnico, Mano Menezes, Edmilson virou treinador. Hoje, comanda o time sub-20 do Taboão da Serra. Para o primeiro confronto entre Grêmio e Fluminense, arriscou no palpite.

- Sendo no Rio de Janeiro, vou apostar no empate.

 O adversário

A fase do Fluminense está longe das melhores. Sem vencer desde 1º de agosto, o rival gremista desta noite passa por uma nova filosofia de trabalho. Há menos de uma semana, contratou o técnico Eduardo Baptista, conhecido pelos destacados serviços, durante o primeiro turno do Campeonato Brasileiro, à frente do Sport. O paulista de Campinas é o quarto comandante do Flu no ano de 2015 - Cristóvão Borges, Ricardo Drubskcy e Enderson Moreira foram os outros nomes.

No sábado (19/09), estreou contra a Ponte Preta, sua conterrânea, no Estádio Moisés Lucarelli - derrota por 3 a 1. No último treino, esboçou uma equipe sem a presença do astro Ronaldinho Gaúcho. Devido a dores no púbis, o volante Jean deve ser desfalque. A dúvida fica por conta do lateral-direito Wellington Silva. Ele sentiu dores e deixou o treinamento mais cedo. Eduardo Baptista, no entanto, revela que sua escalação não está descartada.

"Espião"

Apreciador do futebol do Rio de Janeiro, o narrador e comentarista da Rádio Travessão - promissor projeto de estudantes de Jornalismo da Unisinos -, Renan Silva Neves, identificou alguns pontos que podem ser explorados pelo Grêmio.

- O Fluminense tem sérios problemas defensivos. Principalmente na questão dos volantes, que não guardam posição e, por isso, a equipe leva muitos gols pelo meio. Justamente por isso, acredito que seja um jogo bom para o Douglas. O Gum fez uma partida terrível no último sábado e, além do mais, é lento. O ataque do Grêmio, por sua vez, é rápido e, portanto, pode trabalhar suas jogadas em cima desse recurso.

Como eles enxergam o Grêmio

- Com muito respeito. O Flu sabe de suas limitações para a partida e respeita muito a equipe do Grêmio. Enxerga o Tricolor Gaúcho como um adversário muito difícil, mesmo jogando no Rio. Na entrevista de ontem, o Eduardo Baptista deu a entender que mandará um time mais contido para jogar nos erros do Grêmio.

Olho nele!

- O grande achado do Flu, em meio ao turbulento e delicado momento, é o atacante Marcos Júnior. Ele só tem aquele mesmo problema que citei anteriormente com os volantes: guardar a posição. Mesmo no ataque, vai para todos os lados. Mas ele pode definir a partida. Não podemos nos esquecer do Fred, que se encontrar oportunidades, vai marcar; o próprio Ronaldinho Gaúcho, que pode fazer a diferença em um lampejo. No entanto, considero o Marcos Júnior como o homem da criatividade. É capaz de, em um drible, trazer alegria ao jogo.

Marcos Júnior comemora ao lado de Ronaldinho o seu gol contra o Grêmio,
no início de agosto, sacramentando a última vitória do Fluminense
Foto: Bruno Haddad/Fluminense FC

Confira abaixo os números do jogador:

Marcos Júnior
- Minutos: 1437
- Partidas: 22
- Partidas como titular: 16
- Finalizações: 30
- Gols: 5
- Assistências: 0
Obs: são contabilizados os números produzidos pelo atleta a partir da Copa do Brasil de 2015 e do Campeonato Brasileiro de 2015.


Prováveis escalações

Escalações produzidas através do Football User.

"Para classificar, necessita não tomar gols em casa e jogar bem fora", diz Claiton

Criado no Beira-Rio, ex-volante participa do Guia Futebolês e ressalta a importância de Rodrigo Dourado e Nilton no Colorado

Nilton desvia de cabeça para marcar contra o Palmeiras, no início do mês
Foto: Ricardo Duarte/Divulgação SC Internacional
Em busca de uma vaga para a Copa Libertadores da América, o Internacional focará hoje, a partir das 19h30, no caminho mais curto para o alcançar o objetivo: a Copa do Brasil. O adversário da vez é o Palmeiras, que vem de uma importante vitória sobre o Grêmio. Para avançar na competição, que chega às quartas de final, o Colorado terá importantes desfalques.

Logo na retomada aos trabalhos, na segunda-feira, o técnico Argel Fucks precisou lidar com duas ausências: o meia D'Alessandro e o atacante Eduardo Sasha. Embora tenham apresentado melhorias em seus problemas físicos, a dupla está sem condições de jogo, ficando, assim, de fora do quarto compromisso seguido.

A alta, no entanto, fica por conta de Nilton. O jogador, simbolo da "era Argel", cumpriu suspensão contra o Figueirense, no último sábado. O meia-atacante Valdívia, poupado devido a dores no final de semana, não preocupa e confirma presença na quarta-feira.

Histórico contra o Palmeiras

Mais que centenários, Internacional e Palmeiras se enfrentarão pela 70ª vez em 48 anos. A rivalidade marca jogos emocionantes e momentos históricos para o time de Porto Alegre, como a semifinal do Campeonato Brasileiro de 1979 e a 29ª rodada do Campeonato Brasileiro de 1999 - exemplos de supremacia e superação, respectivamente. Aliás, os ventos da superioridade sopram para a Padre Cacique: o duelo conta com 33 vitórias alvi-rubras, 17 vitórias alvi-verdes e 19 empates. Quando o assunto é especificamente a Copa do Brasil, Inter e Palmeiras registram a semifinal de 1992. O ano já nos diz tudo: triunfos colorados em São Paulo (2 a 0) e no Rio Grande do Sul (2 a 1).

No dia 9 deste mês, Inter e Palmeiras se enfrentaram pela liga nacional. Com gol de Nilton, aos 19 minutos do primeiro tempo, o Clube do Povo sacramentou a vitória em 1 a 0 (vídeo).


 

Palavra de boleiro

Titular no famoso jogo que consolidou o Inter na elite do futebol nacional em 1999, o ex-volante
Claiton conversou com o Blog Futebolês sobre as condições de seu ex-clube para o embate de logo mais.

- Vejo o Palmeiras como favorito pelo futebol que está jogando e pelo grupo que tem - afirma.

Claiton (centro) na companhia dos ex-santistas, Neymar
e Robinho, e do filho, Claiton Júnior. Reprodução/Facebook.
Aposentado dos gramados desde 2013, ele acredita  que um Inter caracterizado pela velocidade e pela movimentação ofensiva pode fazer a diferença.

- Vai depender de quem jogar. Se Valdívia e Vitinho jogarem, o Inter terá chances. Para classificar, precisa fazer uma vantagem de, no mínimo, dois gols e não tomar nenhum. Também necessita jogar bem fora de casa.

Ainda apegado ao futebol, Claiton, que chegou a realizar estágio com o técnico da Seleção Brasileira, Dunga, e estuda Educação Física para se tornar treinador, destaca o papel dos volantes de Argel.

- O (Rodrigo) Dourado é, hoje, uma das maiores descobertas da base do Inter: jogador de bom posicionamento e boa leitura de jogo. Também oferece uma segurança incrível para a defesa e a liberdade para que o Nilton possa avançar como fazia no Cruzeiro. Todos nós sabíamos que ele voltaria a ser aquele jogador eleito o melhor volante do Campeonato Brasileiro. Esses dois marcam o tempo todo. São atletas importantes para um meio de campo com Alex ou D'Alessandro, que não auxiliam muito na parte defensiva.

O adversário

Embalado por três vitórias consecutivas, o Palmeiras está no G-4 e tem o melhor ataque do Campeonato Brasileiro. Para seguir com a boa fase, o técnico Marcelo Oliveira não contará com cinco comandados: o lateral-esquerdo Zé Roberto (dores musculares), o meia Cleiton Xavier (lesão na panturrilha), o zagueiro Leandro Almeida, o atacante Alecsandro e o volante Thiago Santos (ambos atuaram nesta edição da Copa do Brasil por outras equipes). A novidade é o retorno do atacante Dudu. Com isso, os 23 relacionados para a partida estão definidos.

Goleiros: Aranha, Fernando Prass e Jaílson
Zagueiros: Jackson, Nathan, Vitor Hugo e Victor Ramos
Laterais: Egídio, João Pedro, João Paulo e Lucas
Volantes: Arouca, Amaral e Andrei Girotto
Meias: Allione e Robinho
Atacantes: Cristaldo, Dudu, Gabriel Jesus, Kelvin, Lucas Barrios, Pablo Mouche e Rafael Marques

"Espião"

Palmeirense de coração, o estudante de Publicidade e Propaganda, Igor Rodrigues, analisa os pontos fortes e fracos do verdão.

- Como é sabido, o Palmeiras está com um dos ataques mais fortes da atualidade no país e irá, principalmente, tentar dominar o meio-campo para fazer a ligação nas pontas com o rápido Dudu e o habilidoso Lucas. Porém, a defesa do alvi-verde é frágil em vários aspectos, o que pode ser uma vantagem para o Internacional dentro de casa.

Para ele, devido aos bons resultados conquistados no Brasileirão contra adversários considerados difíceis, o Palmeiras tem recursos para sair com um resultado vantajoso do Beira-Rio.

Olho nele!

- Pelos últimos dois jogos que fez, o paraguaio Lucas Barrios, que vem sendo efetivo em suas finalizações, merece todas as atenções possíveis. Se atuar ao lado de Gabriel Jesus, cuidados dobrados.

Lucas Barrios e Gabriel Jesus: dupla pode dar dor de cabeça ao Inter.

Confira abaixo os números da dupla palmeirense:

Gabriel Jesus
- Minutos: 916
- Partidas: 14
- Partidas como titular: 9
- Finalizações: 25
- Gols: 6
- Assistências: 4

Lucas Barrios
- Minutos: 449
- Partidas: 10
- Partidas como titular: 5
- Finalizações: 21
- Gols: 5
- Assistências: 1
Obs: são contabilizados os números produzidos pelo atleta a partir da Copa do Brasil de 2015 e do Campeonato Brasileiro de 2015.

Prováveis escalações


Escalações reproduzidas através do site Football User.